Recorda-te de mim, já não sou a criança Que envolta em ilusões, em tudo acreditou Hoje sou a mulher a quem roubaste a esperança De ver realizados, os sonhos que sonhou
Recorda-te de mim e vê nos olhos meus A ternura sem par que deste olhar se solta Que tu dizias ser a luz dos olhos teus E tudo suportou sem gritos de revolta
Recorda-te de mim, que à tua despedida Nem um adeus sequer, da tua boca ouvi E perdida de amor, quase perdi a vida Por ter, p'ra meu castigo, acreditado em ti
Hoje, desfeitas já minhas esperanças fagueiras Vivo sem ter amor, mas sou feliz assim Não te quero jamais, nem peço que me queiras Mas ao mentires a alguém, recorda-te de mim.
Recorda-te de mim
Letra : Domingos Gonçalves da Costa Musica : Joaquim Campos